domingo, 27 de janeiro de 2008

Rio de gringo
(Marisa Vieira)



Uma cidade de maravilhas
Rio de sabores,
Rio com os amores
Janeiro a janeiro
Primavera a verão
Ladeira de uma santa
Chamada Teresa
Desce até a Lapa
Com seus arcos de mistérios,
Sedução e samba canção
O estrangeiro
Sem gingado
Cai no rebolado da mulata
Que a todos faz cena
Suingue moreno
Ilude o coração gringo
Que pensa ser
o Rio
além de bonito,
tranquilo e sereno...

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Sonho
Riso de criança
Força e esperança
Um dia se beijarão
E nascerá a cura da
Desilusão.
(Marisa Vieira)



quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Uma Cidade mora em mim...
(Marisa Vieira)

Queria sair daqui
Mas onde quer que eu vá
Levo toda essa emoção
O meu desejo
Encontrar um caminho
Sem trilhas, sem atalhos
Com e sem vontade
Sem dor e com saudade
Outra cidade
Em mim faz morada
Mais parece uma rua
Essa preferir não asfaltar
Deixe-a assim, sem brita, piche
Barro vermelho, algumas rupturas
Poucos habitantes
Pé no chão, olhar nas estrelas!
E a vida continua...

domingo, 13 de janeiro de 2008

Rio expresso


Linha
Expressa
Chamam de maravilha
Uma cidade
Amarela
Namorar motoqueiro
A moça não pode mais
Um comando do alto
Pede calma e anuncia:
"É por um rio de PAZ!"
Senhor, tende piedade de nós!
(Marisa Vieira)

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Céu de Brasília e a Poeta
(Marisa Vieira)



Mar
Brisa
Lembra-me seu nome
Da união de dois Estados
Nasceu uma cidade
Forte, intensa
Cheia de mistério,
Beleza, poder e sedução.
O céu de sua terra
Parece o mar ao avesso
Presente do Eterno
Diante d'Ele,
Emudeço...

(10/12/07)

Entre aspas



Num breve momento
Sem pensar no tempo

Calou-se como se fosse
Exatamente o mesmo dia

E todas as vezes que acontecia
Era como se nunca antes houvesse...

E pensar que a vida passa em um só instante,
Tudo é uma grande loucura!

De repente
Abriu os olhos

E fechou-se para a vida
Sentiu-se meio perdida

Nem imaginava
Que perdida estava

Desde que boicotou sua alma
Auto ferida!


 
(Marisa Vieira)

inverno 2007...

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Não foi engano
(Marisa Vieira)

Uma visão que não pedi
Uma sensação que já vivi
Certeza de que essa vida é pra viver
Sem temor e com amor
Por tudo o que está pra acontecer
Não estamos livres
Vivemos em liberdade
Moramos na mesma cidade
E uma ponte nos separa
Mais parece um oceano
Quando a porta se abrir
Eu vou está do outro lado
A lhe sorrir e dizer:
Não foi engano!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Sensações
(Marisa Vieira)



Sentir
Ter
Você
Fingir
Ser
Calma
Tensão
Alma
Minha!
Planeta quente
(Marisa Vieira)

Aquecimento global
procuram a razão
para este “mal”
um grito irado
silencia minha voz
na-tu-re-za! De-sa-mor!
não me contive
o som ecoou:
esfriamento social
eis a razão de todo mal!
set07
(...) E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará.
Jesus Cristo
Reticências
(Marisa Vieira)



Estive pensando em tudo isso
Não me lembro
como e nem quando começou...
Sinto que vivi

Algo que ninguém
Soube ou saberá
A sensação de
estar ao seu lado, dói em mim

Como foi que
eu cheguei aqui?
Quero viver você,
mostrar você

Pra quem ou o quê?
Não sei dizer
Procuro algo
que me explique

o porquê de nós
Só encontro
minha própria voz...
Meu olhar deseja o seu,

Meu corpo deseja o seu
Esse desejo é todo meu!
No silêncio
Um corpo

Trêmulo
de desejo
Temia não querer
Ver o que vejo

Alma livre
espírito aberto
Tudo fica...
Você por perto.


set07
Saudade(I)
(Marisa Vieira)





Uma saudade
Um desenho na mente


Uma dor que se sente
Uma cidade


A mesma alma
Latente por um ser


Pensamento...
No apartamento


Um corpo solitário
Cálice vermelho


Hálito quente
Frio suor


Ah! Essa dor no peite
Machuca muita gente!




[poema da série "Saudade" - I]
Saudade III
(Marisa Vieira)




Em seu jardim
Um cheiro comum
Perfume
de jasmim


Jaz em mim
A primavera
Suas flores
Resta em mim


O inverno
Seus sabores
Vinho, queijo
Lareira em chamas



Lembranças
daquele jardim
Desejei
Em minha mente


Sentir você
outra vez, mas
Um só e latente
Pensamento


A estação passou
Novo perfume
exalou . Ah!
Aroma de saudade...




28/09/07Rio de Janeiro/ Brasil


[poema da série "Saudade]



Ilusão
(Marisa Vieira)




Sem saber o que dizer
Sem sentir o que ouvi
Foi assim
O dia em que o vi saí de mim.
Não apareceram anjos,
Nem senti os tais arrepios
Que você me falou
Talvez por isso
Não me emocionou...
É sempre assim?
No cinema
(Marisa Vieira)



Uma cena
uma noite
no cinema
filme a passar
não percebo
o que está
na grande tela
em minha mente
outro filme
entra em cartaz
me traz histórias
que não foram contadas
lá fora a chuva cai,
fina e fria
dentro da sala,
um ar de suspense
vinha da platéia
não da película
posso ouvir
a respiração
de várias pessoas
mal ouço minha própria
essa falta de ar
me lembra
que esse filme eu já vi...
e o final não foi feliz

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Um lugar

Tento entender
Minha mente está confusa
Por que pra aprender
Seja lá o que for
É preciso que sinta dor?
Estranho aprendizado
A vida...
Mas eu sei, existe um lugar
Onde posso me refugiar
É bem seguro por lá
Quando não consigo
Dirigir meu coração
Minha mente
Recorda aquele lugar
Lá encontro segurança
Ergo um altar
Minha alma
Começa a se despir
Tudo que há razão em mim
Deixa de existir
Passo ser toda esperança
Algo maior se revela
Deus existe sim
Posso chamá-Lo:
Amor!

(Marisa Vieira)
Adeus
(Marisa Vieira)


A melhor coisa
nesse momento
É afastar-me
Não há remédio
Você vai ficar
um bom tempo
Sem saber de mim
Não que eu seja ruim
Ou cruel,
pode pensar você
Pior que isso, é saber que
estamos afastados

Desde que
nos unimos
E nossos olhos
não enxergaram
Um livro
com sagrados
escritos diz:
“os olhos são as janelas da alma”
Triste lembrar
ficamos tanto tempo
Com nossas
janelas trancadas
Fui eu, foi você, nós?
Não sei...
Deixamos as janelas
fechadas por muito tempo
Hoje escancaro-as
Porém a porta,
essa sim,
vai ficar bem fechada.

sábado, 5 de janeiro de 2008

Um cálice a mais
(Marisa Vieira)




Disseram que ele
tinha poderes
Amargas horas
Passamos juntos


Mais um cálice de Merlot
Que poder é esse
Pensava cismada
No brinde celebramos a vida

Você bebeu dois goles de mim
Tomei alguns goles de você
Nos misturamos demais
Embriagamos de nós mesmos

Lá se foram longos anos
Inebriados
Delicioso
muito marcante

Por vezes penso
Amar
é como se embriagar
De vinho nobre

Escandalosa saudade
(Marisa Vieira)



Saudade de uma Cidade
Que me fez crescer
Ou ao menos penso assim
A mesma moldura
Um quadro diferente
(Des) construir Brasília
Reconstruir um sonho
Que Dom Bosco
E sua sensível visão
Não pôde sonhar
Ele disse sobre um lugar,
Seus habitantes
Esqueceu-nos de ensinar
Como nos proteger
Caso nos ausentássemos
Um dia viesse
Tal saudade
Misterioso, intrigante Cerrado
Alto, seco, quente, frio
Poder e crueldade
Permeiam a minha Cidade!


12/setembro/2007
Urca
(Marisa Vieira)



Preciso um estímulo,
um motivo para sair,
voltar, ficar...
Um lar seja lá qual for.

Um lugar em mim
Pra fixar você
Devolver ao espaço
O tempo que passamos juntos

E construir um novo laço
Forte, denso, profundo.
Desses que não se rompem

Em um segundo.

17/08/07